
Uma estudante de arqueologia da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, achou um objeto de ouro do início da Idade Média durante escavações no forte romano de Birdoswald, localizado em Northumberland, no território inglês.
Yara Souza, natural de Orlando (EUA), não pode fazer parte das escavações promovidas pela universidade no local em 2024 devido a uma doença. No entanto, em julho deste ano, ela conseguiu descobrir o artefato – em apenas 1h30 de escavação.
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Em 2021, o pesquisador da Universidade de Newcastle Alan Gray já havia encontrado um artefato de ouro em Redesdale, na mesma região, usando um detector de metais. Os objetos encontrados (em 2021 e 2025) estavam próximo uma estrada romana chamada Dere Street, construída entre 71 e 81 d.C., que ligava York a Edimburgo. A rota continuou em uso mesmo após o fim do Império Romano e atualmente compõe a A68.
Como é o novo achado
O artefato de ouro tem cerca de 4 centímetros de comprimento e possui um apetrecho decorativo em uma de suas pontas. Pesquisadores avaliaram que o ouro contido no objeto era utilizado pela elite romana. Na antiguidade, a estrada Dere Street ligava dois centros religiosos em Jedburgh e Hexham — por isso, a equipe acredita que os dois artefatos eram utilizados em cerimônias religiosas.
“Esta é uma descoberta emocionante e de qualidade excepcional e estou muito feliz por Yara ter feito essa descoberta no início de sua carreira como arqueóloga”, relata James Gerrard, professor na Universidade e tutor da estudante. Para os pesquisadores, os artefatos foram enterrados propositalmente, justamente porque o local em que foram encontrados era muito utilizado por pessoas de alta classe social.
Após análises, possivelmente os dois artefatos de ouro serão exibidos no Great North Museum, na Inglaterra. “Este projeto é um ótimo exemplo de como detectores de metais e arqueólogos podem se unir para ampliar nossa compreensão do passado em Northumberland”, ressalta Andrew Agate, membro do Programa de Antiguidades Portáteis no Museu Great North.
“A possibilidade de trabalhar em estreita colaboração com a Universidade de Newcastle e o Museu Great North: Hancock nos permitiu treinar alunos em técnicas arqueológicas enquanto investigávamos o contexto dessas importantes descobertas do início da Idade Média”, finaliza
(Por Tainá Rodrgues)