Félix Torres em treino do Corinthians — Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

O Corinthians corre contra o tempo e atua em duas frentes para evitar o transfer ban pela dívida não paga ao Santos Laguna, do México, pela contratação do zagueiro Félix Torres.

O clube tenta estabelecer uma negociação com o clube mexicano, com a proposta de parcelar a dívida e estender o prazo estipulado na condenação imposta pela Fifa e confirmada na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês).

Juridicamente sem mais recursos possíveis, o Corinthians tem até as 23h59 da próxima segunda-feira, dia 11, para quitar a dívida. Caso contrário, o clube ficará impedido de registrar novos jogadores.

Enquanto isso, a diretoria corintiana busca opções para levantar o dinheiro necessário ao pagamento. São US$ 6,145 milhões (R$ 33,86 milhões na cotação atual), entre valores pendentes, multa, juros e honorários advocatícios.

O Corinthians não tem esse dinheiro em caixa para fazer o pagamento integral, como determina a condenação. O Santos Laguna ainda não mostrou disposição para aceitar um acordo de parcelamento.

O clube mexicano “espera o cumprimento das obrigações da maneira adequada e tempestiva (dentro do prazo), como ordenado pelos tribunais”, segundo declarou um representante ao ge.

A diretoria do Corinthians, atualmente comandada pelo presidente interino Osmar Stabile, sabe que se trata de uma negociação difícil, em razão da inadimplência nos pagamentos, ocorrida na gestão de Augusto Melo.

Uma das fontes de recursos é o repasse de R$ 57 milhões da Liga Forte União (LFU), que o Corinthians tenta obter em agosto. Outra opção viável são os R$ 50 milhões a serem recebidos da Nike como luvas pela renovação do contrato de fornecimento de material esportivo.

Há outras opções sendo estudadas para o clube conseguir sair desta situação que a diretoria aponta que “não é fácil”.

Isso porque a condenação chega em péssimo momento. O Timão enfrenta enorme dificuldade financeira e sofre para encontrar reforços que se encaixem na realidade econômica do clube, o que fez com que a diretoria ainda não tenha fechado nenhuma contratação nesta janela de transferências. (GE)