Espécie de dinossauro que viveu há 125 milhões de anos é descoberta na Inglaterra — Foto: James Brown/Museu de História Natural

Cientistas descobriram uma nova espécie de dinossauro que tinha uma crista de espinhos nas costas e no rabo. Acredita-se que o animal pré-histórico, cujos restos foram encontrados na Ilha de Wight, na Inglaterra, usava esses espinhos para atrair parceiros em potencial.

Identificada pelo Dr. Jeremy Lockwood, da Universidade de Portsmouth e do Museu de História Natural, a espécie ganhou o nome de Istiorachis macarthurae. Até então, a suposição era de que os fósseis de 125 milhões de anos tinha pertencido a outras duas espécies da Ilha de Wight.

Após comparar esses fósseis com uma base de dados de dinossauros com ossadas parecidas, Lockwood entendeu que eram únicos. “Embora o esqueleto não estivesse tão completo quanto alguns dos outros que foram encontrados, ninguém tinha realmente examinado de perto esses ossos antes”, disse o pesquisador em entrevista ao jornal britânico The Guardian.

Dr. Lockwood, da Universidade de Portsmouth e do Museu de História Natural, foi quem identificou a nova espécie — Foto: Universidade de Portsmouth
Dr. Lockwood, da Universidade de Portsmouth e do Museu de História Natural, foi quem identificou a nova espécie — Foto: Universidade de Portsmouth

“Esse dinossauro tinha espinhas neurais particularmente longas, o que era muito incomum”, complementou Lockwood. Segundo ele, o animal provavelmente tinha uma estrutura parecida com uma “crista” ao longo das costas. “A evolução às vezes parece favorecer o extravagante em detrimento do prático.”

Vértebras dorsais da espinha do Istiorachis macarthurae — Foto: Wiley Online Library
Vértebras dorsais da espinha do Istiorachis macarthurae — Foto: Wiley Online Library

Embora o propósito exato de tais características seja debatido há muito tempo — com teorias que variam de regulação de calor corporal a armazenamento de gordura —, o mais provável é que a estrutura espinhosa nas costas do dinossauro tenha tido o propósito de sinalização visual, como forma de atrair um parceiro.

“Em répteis modernos, estruturas como essa frequentemente aparecem de forma mais proeminente em machos, sugerindo que esses atributos evoluíram para impressinar parceiros ou intimidar rivais. Nós achamos que o Istiorachis pode ter feito o mesmo”, argumentou Lockwood.

(Por Redação Galileu)