Júlio Campos quer amparo ao comércio da Avenida do CPA

Uma obra essencial, mas que causa enorme prejuízo temporário ao comércio na avenida Historiador Rubens de Mendonça, mais conhecida como Avenida do CPA, em Cuiabá. Assim é a construção do corredor exclusivo para a operacionalização do Ônibus de Transporte Rápido (BRT em sua sigla inglesa). Preocupado com o cenário que atinge o empresário e tem graves reflexos sobre os funcionários das empresas no trajeto, o vice-presidente da Assembleia, Júlio Campos (União) fez uma indicação ao governador Mauro Mendes pedindo a concessão de um benefício financeiro complementar temporário, para auxiliar as empresas afetadas pela construção do BRT.

Em 5 de fevereiro, na Assembleia, Júlio Campos indicou a Mauro Mendes a necessidade da criação de um programa temporário de Aluguel Social, para a concessão de benefício financeiro complementar para os comerciantes instalados na Avenida do CPA, que registram queda nas vendas e consequentemente no faturamento, em razão da dificuldade de acesso e em alguns casos até mesmo falta de estacionamento para acesso às suas empresas.

Com a obra é difícil a travessia de pedestres

Em sua justificativa o deputado citou dados de uma pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Os números apurados revelam que a média da queda no faturamento na área foi de 36%. Além disso, duas em cada 10 empresas relataram que se viram obrigadas a demitir funcionários. O mesmo levantamento aponta que empresas adotam novas estratégias de venda e mudaram o horário de atendimento.

A indicação de Júlio Campos cumpre o rito legislativo e avança. Seu conteúdo foi lido em cinco sessões ordinárias consecutivos e seguiu para comissões permanentes, na sequência irá à plenário para apreciação e sendo aprovada chegará ao governante.

O cronograma da obra do BRT previa sua conclusão em outubro do ano passado, mas o consórcio que a executava não conseguiu cumprir o calendário, o que levou o governo a suspender a construção. Enquanto o Estado busca meios para botar o BRT, o comércio na Avenida do CPA permanece seriamente prejudicado.

O comércio é penalizado com as barreiras da obra

Os comerciantes da Avenida do CPA foram prejudicados nos eventos com picos de venda, como o Dia das Crianças, Natal, Ano-Novo e Carnaval. Aproxima-se o Dia das Mães e não há sinalização para a regularização do trânsito e o fluxo de pedestres cruzando a avenida de um lado para o outro.

O deputado destaca que vem de berço comerciante. Seu pai, Júlio Domingos de Campos, o seo Fiote, fundou o atacarejo A Futurista, que durante muitos anos atendeu clientes em Cuiabá, Várzea Grande e de municípios do entorno. “Nossa família em peso trabalhou em A Futurista, onde o cliente sempre tinha razão. Portanto, conheço o comércio na prática e pergunto: o comerciante na Avenida do CPA tem condições de receber o cliente confortavelmente, se o acesso à sua empresa é dificultado pela obra?”.

Júlio Campos espera que a tramitação de sua Indicação seja o mais rápido possível e que a Assembleia a aprove, para que Mauro Mendes estabeleça um Aluguel Social justo, em defesa dos comerciantes e dos funcionários das empresas.