
O motociclista por aplicativo investigado por estuprar duas passageiras, de 21 e 22 anos, em corridas realizadas na região de Várzea Grande, usou nome falso para se cadastrar na plataforma, uma vez que não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A informação foi descoberta pelos investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso (PJCMT) e confirmada por ele mesmo em interrogatório, que alegou usar o cadastro de terceiros por não ser habilitado.
Ele também foi questionado pela Polícia Civil sobre os dias em que os abusos contra as vítimas ocorreram, mas afirmou que não se recordava dos crimes. Uma foto dele foi mostrada à segunda vítima e ela o reconheceu.
Em 4 de agosto, o juiz da 4ª Vara Criminal de Várzea Grande deferiu pelo mandado de prisão, e também por dois mandados de busca, contra o suspeito. Ele foi preso pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança, e Idoso de Várzea Grande nesta quarta-feira (6/8).
Entenda os crimes
Segundo a polícia, o primeiro estupro ocorreu em 6 de junho deste ano, no bairro Jardim dos Estados. A mulher de 22 anos havia solicitado uma corrida por meio de um aplicativo de transporte para ir à casa do namorado, por volta das 21h20.
As investigações apontaram que o homem foi buscá-la em uma motocicleta e, a princípio, fez o percurso correto. Contudo, já com a mulher na garupa, ele fez uma parada, a levou para um beco escuro e, em seguida, a um matagal, onde a estuprou.
A mulher contou que durante o abuso sexual, ele a ameaçava dizendo: “Vou te matar se você fizer alguma coisa, ou contar para alguém”. Ele também teria xingado-a e afirmado que ela havia “pedido por isso”.
Após violar a mulher, o homem obrigou ela a chamar outro motorista no aplicativo, e fugiu antes que este chegasse.
O segundo crime não foi muito diferente. Nele, a menina de 21 anos chamou uma motocicleta por aplicativo, por volta das 22h10, para pegá-la na casa em que mora com o marido e deixá-la na casa de sua mãe.
Na altura do bairro Mapim, o motociclista desviou do caminho e foi em direção a um matagal. Segurando o punho da vítima, ele desceu da motocicleta, a colocou no chão, abaixou a cabeça dela e a levou a uma direção mais isolada, onde a obrigou a ficar nua.
Ele fotografou a vítima com o celular dela e a chantageou dizendo que divulgaria as fotos. Em seguida, disse que teria relações sexuais com ela, que se negou. Entretanto, sob ameaça de morte e com medo, a jovem acabou estuprada.
Após ser violada, a mulher foi deixada próxima a uma rua e o homem fugiu, levando o celular, jóias e cartão de crédito. No dia do crime, ele passou o cartão de crédito em diversos lugares diferentes.
Terceira vítima
A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Várzea Grande já apura o caso de uma possível terceira vítima do suspeito.
“Ela tem todos os indícios de que também tenha sido vítima dele. Mas faremos o reconhecimento fotográfico hoje. E ainda não descartamos a possibilidade de existirem outras vítimas”, disse a delegada titular da Delegacia da Mulher de Várzea Grande, Paula Araújo.
Qualquer pessoa que tenha sido vítima do suspeito, pode procurar a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande, situada na Rua Almirante Barroso, 298, Centro Sul, Várzea Grande – segunda maior cidade de Mato Grosso.
