
No jogo mais esperado do Flamengo em 2025, uma ausência escancarou uma situação que ganhou força nos bastidores do clube nos últimos meses. Mesmo com o time em desvantagem no placar desde os 5 minutos do primeiro tempo diante do Bayern de Munique, Pedro não entrou em campo. Nove dias antes, ele entrara aos 46 minutos do segundo tempo na vitória sobre o Chelsea.
Nesta quarta-feira, o colunista Mauro Cezar Pereira, do UOL, publicou que o Flamengo gostaria de receber uma boa proposta por Pedro para que ele deixe o clube. O ge apurou que todas as partes estão insatisfeitas com o quadro atual. O atacante quer jogar mais, o técnico Filipe Luís prefere outro tipo de centroavante em seu estilo de jogo, e o diretor de futebol José Boto deseja buscar outro camisa 9 no mercado.
Segunda contratação mais cara da história do Flamengo, Pedro fazia excelente temporada em 2024, com 30 gols, quando sofreu grave lesão no joelho no início de setembro. À época, Tite era o treinador rubro-negro. No clube, estabeleceu-se um objetivo: preparar Pedro para chegar na melhor forma à Copa do Mundo de Clubes.
A partir daí, Pedro ficou no banco em jogos-chave do primeiro semestre, como as vitórias sobre LDU, pela Libertadores, e Palmeiras, pelo Brasileirão. Na Copa do Mundo, foi titular apenas contra Espérance e Los Angeles FC, justamente os confrontos considerados mais fáceis.
O tempo de jogo está longe de ser a única razão de insatisfação. No dia 22 de junho, uma entrevista de José Boto ao jornal italiano “La Gazzetta dello Sport” irritou pessoas próximas a Pedro. Diante da pergunta se gostaria de contratar algum jogador da Juventus, o diretor deu a seguinte resposta:
– Pelo que precisamos agora, eu pensaria no Vlahovic.
Uma semana depois, em entrevista ao ge publicada no dia 30, Boto não citou a busca por centroavante e escolheu outras duas posições como prioridades do Flamengo no mercado: um camisa 10 para revezar com Arrascaeta e um atacante de lado. Isso aumentou o estranhamento causado pela citação anterior a Vlahovic, reserva de Kolo Muani no comando de ataque da Juve. (GE)