
O presidente da Assembleia Legislativo de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), e deputados estaduais da Casa de Leis participaram de uma reunião com o governador Mauro Mendes (UNIÃO) no Palácio Paiaguás, nesta quarta-feira (25), e uma das pautas do encontro foi o feminicídio da terapeuta Gleici Keli Geraldo, de 42 anos.
Ela foi morta com seis facadas na madrugada de terça-feira (24), enquanto dormia, em Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá). O autor do crime é o companheiro dela, Daniel Frasson, que também esfaqueou a própria filha, de apenas 7 anos, e tentou suicido em seguida. A criança está internada e o estado de saúde dela é estável.
Segundo Max Russi, o assunto foi levado ao governador devido ao aumento contínuo dos casos de feminicídio, mesmo com o endurecimento das leis. Ele relatou que os deputados estão praticamente de mãos atadas diante de tantos registros de feminicídio e pediu mais colaboração entre a Assembleia e o governo do Estado.
“A lei foi endurecida, mas isso parece que não teve significado. Por isso que a gente veio fazer essa conversa com o governador. Nós queremos Assembleia, governo do estado, nós precisamos avançar [no enfrentamento ao feminicídio]. Nós estamos criando leis, que estão sendo endurecidas, mas infelizmente, toda semana a gente está vendo notícias como nós tivemos essa fatalidade da mãe morta”, desabafou.
Max citou como exemplo a pena para o crime de feminicídio que foi aumentada para 20 a 40 anos de reclusão, mas ele chamou atenção “que nem essas leis” e “esses encaminhamentos não estão resolvendo”.
O parlamentar sugeriu campanhas educativas nas escolas. “Então nós precisamos partir para a educação, para trabalho na escola e a Assembleia quer que o governo de forma forte e intensa entre nisso, porque nós estamos se sentindo amarrados, porque a gente não está vendo avanço. Cada dia uma fatalidade, cada dia um crime mais violento contra as mulheres”.
(Olhar Direto)

