Foto: reprodução/Leiagora

A vereadora Samantha Iris (PL) informou que requereu a prorrogação da CPI dos Transportes na Capital por mais 120 dias. Segundo a parlamentar, que preside os trabalhos, a investigação é complexa e, para chegar a um resultado satisfatório, é necessário utilizar mais tempo. Segundo Samantha, há um volume significativo de documentos e informações a ser analisado, que não prescinde, no entanto, de oitivas. Ela informou, inclusive, que os interrogatórios serão o próximo passo do trabalho.

Samantha explicou que algumas demandas já foram feitas às empresas que operam o transporte em Cuiabá, assim como demais instituições, como a Agência de Regulação do município e a Secretaria de Mobilidade Urbana, para esclarecimento dos documentos já coletados. Porém, ainda é preciso que haja os interrogatórios.

“São quatro contratos de empresas de ônibus, que vêm desde 2019, 2020. É importante pegar esses contratos e verificar todas as informações possíveis, em acordo ou desacordo com as denúncias que a gente recebe. É uma CPI extensa, um pouco complexa e um pouco mais lenta”, disse.

A clareza de como se dão os cálculos tarifários que, conforme a vereadora, não são precisos, assim como o fundo de bilhetagem, é algo que a investigação pretende elucidar. Porém, isso depende também de depoimentos, não só da análise documental.

“A questão da tarifa, situações sobre o cálculo da tarifa, que não são muito precisas, a respeito do fundo da bilhetagem, que é uma coisa que consta na documentação, mas que ninguém soube nos responder às perguntas que nós enviamos. Por isso, nossa próxima reunião da CPI vai ser oitiva. Vamos ouvir diretores, ex-diretores da Arsec, da MTU, da Semob. Já foram alguns convocados, alguns já responderam e, aí, a nossa reunião da CPI vai tratar justamente disso, de falar pessoalmente com eles e verificar alguns pontos que não ficaram muito claros dessas respostas que a gente recebeu através de documentações”.

Outro ponto apontado pela vereadora foi quanto às especificações de atendimento a cada região da cidade. Conforme ela, embora as quatro empresas atuem de foram particular em determinadas áreas, os contratos firmados entre elas e o município são os mesmos, sem nenhuma especificidade. Ela pretende entender o porquê dessa situação.

“Os contratos, a princípio, quando foram solicitadas a prestação de serviço das empresas para o município havia uma situação de particularidade para regiões. No entanto, todos os contratos são iguais e não existe nenhuma particularidade entre eles, de qual empresa vai atender qual região, como deve ser esse atendimento e isso é um ponto que a gente gostaria de esclarecer também. Porque se cada empresa ou cada região deveria estar sendo atendida de uma maneira, por que todos os contratos são exatamente iguais? É basicamente um contrato copiando do outro mudando praticamente só o nome das empresas”.

A CPI dos Transportes foi criada em 12 de março deste ano e deveria ser concluída no prazo de 120 dias, porém, é prorrogável por mais 120 e precisa ser concluída até outubro.

(Leiagora)