Renato Paiva e Textor no Nilton Santos — Foto: Vitor Silva/Botafogo

Falta exatamente um mês para o Botafogo estrear na Copa do Mundo de Clubes, nos Estados Unidos. O clube prevê um mercado agitado nos dias de janela especial para o torneio, de 2 a 10 de junho. Nos bastidores, a diretoria tem o desejo de reforçar o elenco em três posições: zagueiro, meio-campista e ponta-direita. Vale lembrar que o volante do Zenit, Wendel, já está acertado com o Alvinegro, e a tendência é que ele se recupere de lesão a tempo.

Dentre os setores procurados, a prioridade máxima é o meio-campo. Desde a última janela, entende-se que é necessário ter mais um nome para atuar em posição avançada do meio. Atualmente, o único substituto de Savarino no elenco é o jovem Kauan Lindes – Santiago Rodríguez até pode atuar na posição, mas joga mais como ponta pela esquerda.

O Botafogo sonha com o retorno de Thiago Almada, campeão da Conmebol Libertadores e do Brasileirão pelo clube no ano passado. John Textor tenta convencer o meia, atualmente no Lyon, a jogar a Copa do Mundo de Clubes pelo Alvinegro. A negociação, em termos operacionais, não seria difícil, mas o argentino até agora não se mostrou fácil em uma possível volta porque quer descansar ao final da temporada europeia.

— Estão vendo aqueles senhores de preto? (Aponta para os dirigentes do Botafogo) Questão de janela é com eles. Nós queremos sempre mais e melhores jogadores. Não tem nenhum treinador no mundo que não queira mais e melhores jogadores e eu não fujo à regra. Estou tremendamente satisfeito com o grupo que tenho, tenho que ter a paciência, o cérebro para não ser invadido por emoções, porque essa é a alma do torcedor. Tenho que ter a tranquilidade para perceber quando eles (jogadores) já se preparam, já se adaptaram… O Rwan é um caso deles — afirmou Renato Paiva após a vitória sobre o Estudiantes.

O Botafogo estreia na competição no dia 15 de junho contra o Seattle Sounders, dos Estados Unidos. Paris Saint-Germain, da França, e Atlético de Madrid, da Espanha, completam o grupo.

No ataque, o ponta buscado é um de características de drible e boa capacidade de um contra um. O clube tentou Wesley, do Al-Nassr, nos últimos dias da janela inicial desta temporada, mas a negociação não saiu porque o clube saudita pediu dinheiro pela liberação de um empréstimo. O jovem atacante é visto como um atleta com essas características – o que não necessariamente quer dizer que virá.

— Eu trabalho com o que tenho. Ponto final. Muito orgulhoso com os jogadores que tenho. Continuo dizendo, e não sou só eu que digo, que os jogadores que vêm do banco melhoram a performance da equipe. Isso me deixa satisfeito com o grupo que tenho. Mas se vierem mais e melhores jogadores eu fico feliz, até porque ainda temos lacunas. Mas isso não é meu departamento. Temos tempo até a janela, até lá há muita porta para se abrir e se fechar – finalizou o português.

Wendel com a camisa do Botafogo — Foto: Divulgação

Wendel com a camisa do Botafogo — Foto: Divulgação

Na defesa, o clube está feliz com as atuações recentes de Jair e David Ricardo, que assumiram as vagas dos lesionados titulares. Barboza se recupera de questão clínica no pé esquerdo e Bastos está fora de combate desde fevereiro, tratando um problema no joelho esquerdo. Mesmo com a expectativa de contar novamente com a dupla, o Botafogo entende que seria útil ter mais um nome para a posição.

O Botafogo investiu cerca de R$ 500 milhões – valor que conta com as cifras da transferência de Wendel – na primeira janela de 2025. O Alvinegro volta a campo neste domingo, às 18h30, para clássico da nona rodada do Campeonato Brasileiro contra o Flamengo. (GE)